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Descubra 14 fatos astronômicos que vão mexer com sua mente

Exploramos o fascinante mundo da astronomia, a ciência que estuda o universo como um todo, e selecionamos 14 fatos astronômicos que vão te deixar de queixo caído!

por Geison Souza
Descubra 14 fatos astronômicos que vão mexer com sua mente
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O universo sempre fascinou e intrigou a humanidade. Embora seja estudado há séculos, a verdade é que ainda sabemos pouco sobre ele. Muitos segredos permanecem ocultos, e diversas perguntas continuam sem resposta. Felizmente, o avanço tecnológico tem sido um grande aliado da ciência astronômica na busca por respostas e novas possibilidades sobre o cosmos.

Da formação das estrelas à existência de buracos negros, a astronomia nos revela fatos impressionantes sobre o universo. Pensando nisso, reunimos 14 curiosidades astronômicas que vão te surpreender. Confira abaixo!

1. Existem mais estrelas no universo do que grãos de areia nas praias da Terra

A afirmação de que "o número total de estrelas no universo é maior que todos os grãos de areia de todas as praias do planeta Terra" foi popularizada pelo astrônomo norte-americano Carl Sagan. E, sim, essa afirmação está correta.

Estimativas astronômicas indicam que o universo pode conter até um septilhão de estrelas (1 seguido de 24 zeros). Em comparação, cálculos sugerem que há cerca de quatro sextilhões de grãos de areia (4 seguido de 21 zeros) nas praias da Terra.

1 septilhão é incomparavelmente maior que 4 sextilhões. Isso significa que, de fato, o número de estrelas supera, e por uma margem significativa, a quantidade de grãos de areia presentes em todas as praias do nosso planeta.

2. A estrela mais próxima do Sol faz parte de um sistema estelar

Alpha Centauri é o sistema estelar mais próximo da Terra, estando localizado a aproximadamente 4,3 anos-luz. Esse sistema é composto por três estrelas que estão gravitacionalmente ligadas; são elas: Alpha Centauri A, Alpha Centauri B e Proxima Centauri (ou Alpha Centauri C), sendo essa última a estrela mais próxima da Terra depois do Sol.

E não é só isso, pois a estrela Proxima Centauri abriga um planeta rochoso de tamanho semelhante ao nosso, chamado Proxima Centauri b. Esse é o planeta fora do Sistema Solar mais próximo de nós.

3. A cada ano que passa, a Lua está mais distante da Terra

Sem que a gente perceba, ano após ano, a Lua se afasta um pouco da Terra. Esse afastamento ocorre por causa da interação gravitacional entre a Lua e os oceanos do nosso planeta. Esse fenômeno faz com que a Terra perca energia de rotação, que é transferida para a Lua. Com isso, ela ganha velocidade orbital — e quanto mais rápido um corpo orbita outro, maior tende a ser a distância entre eles. Ou seja, ao ganhar velocidade, a Lua também está se afastando de nós.

De acordo com dados científicos, a Lua se afasta da Terra cerca de 3,78 centímetros por ano. Pode parecer pouco, mas, segundo um estudo publicado em 2022, há aproximadamente 2,45 bilhões de anos, a Lua estava 60 mil quilômetros mais próxima do nosso planeta.

Apesar disso, não há motivo para preocupação, pois a Lua não deixará de ser nossa companheira, visto que ela nunca estará completamente livre da influência gravitacional da Terra.

4. Todos os planetas do Sistema Solar cabem na distância entre a Terra e a Lua

Todos os planetas do Sistema Solar cabem no espaço entre a Terra e a Lua.
Todos os planetas do Sistema Solar cabem no espaço entre a Terra e a Lua.

Excluindo a Terra, o Sistema Solar tem sete planetas: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Se somarmos o diâmetro equatorial de todos esses planetas, temos cerca de 387.000 quilômetros, quase a mesma medida da distância média entre a Terra e a Lua, que é de 384.400 quilômetros.

Mas há um porém: 384.400 quilômetros é apenas uma média. Não devemos esquecer que a distância entre a Terra e a Lua varia devido à órbita elíptica da Lua ao redor da Terra. Isso significa que, em certos momentos, a Lua está mais próxima da Terra (perigeu), e, em outros, está mais distante (apogeu).

A distância máxima entre a Terra e a Lua pode chegar a 405.500 quilômetros. Ou seja, se colocássemos os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, todos alinhados e colados, eles caberiam dentro desse vão, e ainda sobraria espaço suficiente para Plutão e outros corpos do Sistema Solar.

5. Mais de 90% das galáxias do universo estão, para sempre, fora do nosso alcance

A maioria de nós já sabe que realizar viagens intergalácticas é algo praticamente impossível. Mas vamos deixar de lado todos os obstáculos envolvidos e imaginar que fosse possível viajar até outras galáxias. Ainda assim, existe um detalhe crucial que não podemos ignorar: mais de 90% das galáxias do universo estão inalcançáveis para sempre — e, a cada instante que passa, esse número aumenta.

O motivo é a expansão acelerada do universo, atribuída à energia escura. Essa expansão faz com que o espaço entre galáxias distantes aumente mais rapidamente do que a luz pode viajar, colocando-as permanentemente fora do nosso alcance.

O que nos resta são menos de 10% das galáxias, que ainda seriam, em teoria, alcançáveis. As demais jamais poderão ser "visitadas", mesmo que conseguíssemos viajar à velocidade da luz.

6. Júpiter, o gigante gasoso, está perturbando o Sol

O Sol concentra mais de 99% de toda a massa do Sistema Solar. Dos menos de 1% restantes, a maior parte fica com Júpiter, o maior planeta do sistema. Mesmo parecendo pouco, essa pequena porcentagem faz com que Júpiter exerça uma sutil "puxada" na nossa estrela, fazendo com que ambos girem em torno de um ponto invisível entre eles, chamado baricentro.

Vale mencionar que todos os planetas do Sistema Solar exercem alguma força gravitacional sobre o Sol, mas Júpiter, por ser o maior e mais massivo de todos, é o único que causa um impacto realmente significativo.

7. Mercúrio não é o planeta mais quente do Sistema Solar

Para quem não sabe, Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. No entanto, engana-se quem pensa que isso faz dele o planeta mais quente do Sistema Solar. Na verdade, esse título pertence a Vênus, o segundo planeta mais próximo da nossa estrela. Vênus possui uma temperatura média superior a 460 °C, resultado de um intenso efeito estufa causado pela sua espessa atmosfera.

Mercúrio, por sua vez, pode atingir uma temperatura máxima de 427 °C. No entanto, também faz muito frio por lá, pois sua atmosfera é extremamente fina, o que dificulta a retenção de calor. Além disso, Mercúrio gira muito lentamente, o que faz com que seu lado noturno passe longos períodos no escuro. Isso pode fazer a temperatura cair drasticamente, atingindo até -183 °C.

8. Quando dois pedaços do mesmo tipo de metal se tocam no espaço, eles podem se fundir e ficar permanentemente grudados

No vácuo do espaço, quando dois metais idênticos entram em contato, existe a possibilidade de eles se fundirem. No entanto, isso só ocorre se houver uma pressão específica e se as superfícies dos metais forem extremamente lisas e polidas. Nessas condições, os átomos dos metais não reconhecem que pertencem a peças diferentes e acabam compartilhando elétrons, o que resulta na formação de ligações metálicas.

Esse fenômeno, conhecido como soldagem a frio, impõe desafios significativos para a construção de espaçonaves e outras tecnologias espaciais. Para contornar isso, engenheiros projetam componentes com revestimentos especiais ou garantem que as superfícies metálicas não entrem em contato direto, prevenindo assim a soldagem acidental.

9. O Sol está destinado a engolir o planeta Terra

Daqui a cerca de 5 bilhões de anos, o combustível de hidrogênio do Sol se esgotará, fazendo com que nossa estrela se expanda para uma Gigante Vermelha, a qual engolirá os planetas Mercúrio, Vênus e Terra. Acredita-se que Marte será drasticamente afetado, mas provavelmente não será destruído pelo Sol.

Entretanto, a vida na Terra estará sob risco muito antes de sermos engolidos. Isso porque, daqui a cerca de 1 bilhão de anos, antes mesmo de se tornar uma Gigante Vermelha, o Sol se tornará muito maior, mais brilhante e mais quente. Como resultado, uma intensa radiação solar afetará nosso planeta, o que provavelmente tornará a Terra um mundo inabitável.

10. As pegadas deixadas pelo homem na Lua permanecerão visíveis por muitos e muitos anos

As pegadas deixadas pelos astronautas do Programa Apollo no solo lunar podem continuar visíveis por até 100 milhões de anos.
As pegadas deixadas pelos astronautas do Programa Apollo no solo lunar podem continuar visíveis por até 100 milhões de anos.

Estima-se que as pegadas deixadas pelos astronautas do Programa Apollo na superfície da Lua possam permanecer visíveis por até 100 milhões de anos. O mesmo vale para outras marcas, como as deixadas por rovers e naves espaciais. Essa preservação ocorre porque a Lua não tem vento, chuva ou erosão causada pelo clima, como acontece na Terra.

O desaparecimento das marcas humanas no solo lunar acontecerá principalmente devido ao impacto de micrometeoroides, mas a um ritmo lento. Esse processo pode ser acelerado por fatores como radiação solar, terremotos lunares e até mesmo futuras missões humanas.

11. No vácuo do espaço, o som não se propaga, tornando-o completamente silencioso

Se você estivesse no espaço, dentro de uma espaçonave, conseguiria ouvir os sons internos, como as conversas dos tripulantes, o zumbido dos sistemas e outros ruídos do ambiente. No entanto, se estivesse do lado de fora da nave, no vácuo do espaço, não ouviria nada. Esse é, inclusive, o motivo pelo qual, durante as caminhadas espaciais, os astronautas usam comunicação via rádio.

Isso acontece porque no espaço não há partículas, como moléculas de ar ou água, para transmitir o som. Por isso, não há sons audíveis por lá. Já dentro de uma nave espacial, mesmo no vácuo do espaço, o ar presente no interior da nave permite que os sons se propaguem.

É curioso pensar que, em muitos filmes e séries de ficção científica, as explosões no espaço costumam ter som, quando, na realidade, durante uma explosão no vácuo, não haveria barulho nem fogo, apenas alguma luminosidade.

12. Saturno está sugando seus anéis

O planeta Saturno é conhecido por seus enormes anéis, os quais são formados por bilhões de fragmentos de gelo e rochas espaciais. No entanto, esses anéis estão destinados a desaparecer. Segundo a NASA, a gravidade de Saturno está puxando os anéis para dentro do próprio planeta, ou seja, Saturno está devorando sua própria marca registrada. Estima-se que, daqui a 100 a 300 milhões de anos, os anéis saturnianos terão desaparecido completamente.

13. Daqui a bilhões de anos, a galáxia em que vivemos vai colidir com a galáxia de Andrômeda

Embora o universo esteja se expandindo e, consequentemente, a maioria das galáxias esteja se afastando de nós, nem todas estão sujeitas a esse efeito. No caso da nossa galáxia vizinha, Andrômeda, ela está, na verdade, em rota de colisão com a Via Láctea. Estima-se que esse encontro ocorra daqui a 4 ou 5 bilhões de anos. Essa colisão galáctica acontecerá devido à atração gravitacional mútua entre as duas galáxias — ou seja, elas estão próximas o suficiente para que a gravidade entre elas supere o efeito da expansão do universo.

Quando a Via Láctea e Andrômeda colidirem, elas irão se fundir em uma única e gigantesca galáxia. Isso poderá fazer com que o Sistema Solar seja deslocado para uma nova posição dentro dessa galáxia. No entanto, é pouco provável que ocorram colisões entre estrelas, já que a distância entre elas é imensa.

14. Estamos todos ligados às estrelas

Os átomos que compõem o seu corpo têm origens estelares. Muitos, inclusive, vêm de estrelas que desapareceram há bilhões de anos. O que acontece é que, quando uma estrela massiva chega ao fim de sua vida, ela explode em uma supernova, espalhando átomos pelo espaço. Esses átomos se agrupam e dão origem a novas estrelas, planetas e até formas de viva, como nós, seres humanos.

Em outras palavras, todos nós — e tudo ao nosso redor — somos feitos de matéria estelar.

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