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Ciência

Estudo revela que RH não é confiável na gestão de casos de bullying no trabalho

Pesquisadores do Reino Unido examinaram as percepções dos trabalhadores sobre a resposta do RH ao bullying no ambiente de trabalho.

por Geison Souza
Estudo revela que RH não é confiável na gestão de casos de bullying no trabalho
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Uma pesquisa conduzida por pesquisadores da Anglia Ruskin University (ARU) e da Bishop Grosseteste University (BGU), publicada no Journal of Business Ethics, revela que os departamentos de Recursos Humanos (RH) falham em enfrentar o bullying no local de trabalho, além de frequentemente serem cúmplices dos agressores, aumentando a intimidação contra os funcionários oprimidos.

No estudo, foram analisados relatos online de trabalhadores sobre a resposta do RH ao bullying no ambiente de trabalho. As vítimas mencionaram ser ignoradas, sofrer mais bullying e afirmaram que o RH constantemente ficava do lado dos "valentões da gerência".

As conclusões da pesquisa indicam que os trabalhadores perderam completamente a confiança nos departamentos de RH, pelo menos no que se refere ao bullying. Ainda segundo a pesquisa, um dos pontos mais preocupantes que emergiram é que, devido ao alinhamento do RH com os líderes da empresa, os funcionários percebem o RH como cúmplice de bullying no local de trabalho.

A publicação científica é a primeira a aplicar uma análise netnográfica à questão, utilizando uma metodologia que adapta a etnografia para o estudo de comportamentos e interações em ambientes virtuais. Os comentários analisados parecem ser predominantemente de funcionários de empresas comerciais em países de língua inglesa.

Funcionários vítimas de bullying no trabalho, como humilhações, constrangimentos, pressão psicológica ou até mesmo assédio sexual, sabem que os departamentos de RH são apenas puxadinhos dos líderes da empresa. Além disso, os gestores de recursos humanos, em sua grande maioria, não se importam com os funcionários oprimidos e, quando a situação aperta, vão ficar do lado dos agressores, como gerentes e encarregados (ou melhor dizendo, os "valentões").

Fonte: Springer
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